Foram exatos 3 meses passados, de 29 a 29 - o mesmo 29 do parto - e nossa mistura por acaso se repete. Deve ser mesmo o meu dia, se é que isso existe ao certo.
Tal curiosidade transforma os dias 30 em ilustres, momento aéreo em que degusto o gosto dos outros grudado por todo meu corpo. Te cuento: degustase con mucho gusto. Sabroso memoire de momentos. Degusta-se a lembrança de toda sua graça. Por quanto tempo dura seu gosto? Será ele escasso? Tenho de fazer reservas, estoque? Para mantê-lo por mais tempo há de se ter cuidado ao lavar?
Hedonista, apenas me senti herdeira de um castelo, cujo dote se encarecia pelo estoque de carinhos. A solitária Gothan por vezes nos prega peças, deve ser truque para nos manter por ela interessada.
E meus sentidos avoados foram ainda mais distante, pois acordei com a surpresa de um poema, escrito por um bom menino.
Fez tanto sentido que à ele não soube responder.
Nem à mim.
Ele sente meu toque distante. Mais coincidências curiosas. Narcisista, me senti poderosa.
Segui pelo dia desatenta.
Um dia sem nexo para conectar palavras.
Até que então desisti de insistir.
Fiz o log off, o shut down.
Busquei tinta branca e pincel.
Comecei a pintar.
O branco para limpar meus olhos e meus pensamentos.
Hoje, se a casa fosse minha, de branco pintaria toda a parede.
Um comentário:
se essa casa fosse minha, se essa rua fosse minha eu mandav ladrilhar com pedrinhas de brilhante para o meu amor passar.
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