Vem andar e voa

Adorei a sua passagem e o tempinho comportado que passamos. Eu disse q te respeitava, sou uma mina de palavra. Só não sou tão livre e volátil quanto pensas, mas sim, ando com o coração aberto, já que o mundo pode ser bem feio e cinza. Se a gente não amar algo/alguéns sempre, que graça tem? No final das contas, acho que sua lógica é a mesma, ainda que com outro jeito de proceder. Então, enquanto fico aqui, por enquanto na liberdade caótica dos meus amores e desamores, desejo sorte, paz e alegrias coloridas proce por ai, amando o seu alguém, esperando que ele mereça e bem trate o que tem.

Como vc me deixou com alguns pensamentos, to escrevendo só pra te cantar uma música, sei que ninguem fica sentado, que o mundo gira, gente vai e vem, não importa, a natureza não é mono, e nesses dias vi que por mim ela serve bem:

"Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for."

(Vilarejo, letra: Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Pedro Baby. Album: infinito particular)