Na casa dos acasos,
bem querendo,
te encontrei sem querer.
Foi aí que esse jogo passou a ter mais graça,
afastei um pouco a insatisfação crônica e o tédio do bel prazer.
Num tabuleiro vermelho,
ensangüentei seu exército com meu próprio sangue,
certa de que depois, gatuna, poderia lamber.
Num impulso animal lhe encrustei meu DNA e nos meus lençóis deixaste o teu.
Noite vermelha no buraco negro.
Sonhei que o sonhado era real.
Quando será a próxima partida?
Ainda vence quem subjulga o rei? Ou quem encanta a rainha?
Me conta as regras do seu jogo, pois achei tentador querer desobedecer.
Xeque-mate-me! Se toda essa certeza é ilusão.
Dessa vez posso até ser trouxa, mas, plis, sem nenhum arranhão.
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